O Jardim, de feição oitocentista, é marcado por pequenos canteiros de forma irregular que certamente reuniram uma coleção de herbáceas e pequenos arbustos de flor. Na parte nascente, dominam os canteiros de maior dimensão, que podem ter acolhido arbustos e árvores para ornamento e abrigo do sol que no Verão brilha impiedosamente do sul. Estes canteiros envolviam um pequeno lago de forma irregular, e o conjunto contribuiria para a tão necessária amenidade climática. No ângulo sudoeste, um pavilhão-miradouro, em posição alteira, permitiria desfrutar de desafogadas vistas para as terras de lavradio e para os amplos e férteis vales dos estreitos rios Tinto e Torto, antes de desaguarem no espraiado Douro.
O Jardim do Parque de São Roque, com mais de 6 hectares, teve uma intervenção do jardineiro histórico do Porto Jacinto de Matos e as suas cerca de 200 camélias, mirante, gruta e caramanchão combinados com um pequeno lado, permanecem como sinais importantes dos jardins do início do século vinte.